sábado, 25 de junho de 2016

O trágico acidente automobilístico que matou 50 pessoas no Piauí em 1985

Era final de uma manhã de sábado, dia 20 de julho de 1985, um caminhão "pau de arara" levava dezenas de pessoas da cidade de Pedro II, localizada no norte do Piauí, para a zona rural do município, quando chegou ao inicio da "Ladeira do Felipe", trecho da BR-404, o motorista percebeu que o veículo estava sem freio, a tragédia estava anunciada.

Ladeira do Felipe, o local da tragédia que matou cerca de 50 pessoas / Foto: Portal O Dia

Na tentativa desesperada de controlar o veículo até o final da ladeira, ainda conseguiu manobrar o caminhão até certo ponto, mas infelizmente ele não conseguiu fazer uma das curvas que fica no meio da serra e tombou, ali dezenas de vidas tiveram seu destino encerrado. Pedro II na época ficou em estado de choque afinal acontecia naquele momento o maior acidente já registrado em sua história. Na época, assim como quase todas as rodovias do Piauí, a ladeira não tinha pavimentação asfáltica.

A curva onde ocorreu a tragédia, hoje a estrada é asfaltada e bem sinalizada

No local foi construída uma capela em homenagem as vítimas, hoje ela está abandonada. A "Ladeira do Felipe" hoje é asfaltada e bem sinalizada em todo seu percurso. Felizmente não há registros de outros acidentes tão graves na ladeira, mas a triste lembrança do dia 20 de julho de 1985 ainda deve permanecer na memória de muitas famílias e por muito tempo ainda.

O local da tragédia, lá foi construída uma capela em homenagem as  vítimas, hoje se encontra abandonada

É o caso do senhor Antonio Lino dos Santos, que conta que os passageiros iam todos os sábados nesse caminhão para a tradicional feira realizada no centro comercial de Pedro II. "A gente saiu daqui pra vender e negociar nossos produtos, como milho, feijão, galinhas, entre outros. Ninguém imaginava que iria acontecer uma tragédia como aquela", conta, com lágrimas nos olhos.

Seu Antonio Lino perdeu seis parentes na tragédia e escapou por força do destino

Seu Antonio Lino, hoje com 63 anos, saiu naquele dia para Pedro II, junto com sua mãe, três irmãos , sendo que dois deles levavam suas esposas e duas filhas. "Fomos todos no mesmo caminhão. Mas lá, resolvi retornar de bicicleta e minha mãe veio em outro carro. Lá no caminhão viajaram meus dois irmãos com as esposas e as duas filhas. Aí, aconteceu essa coisa triste", conta.

Antonio Lino diz ter presenciado uma das cenas mais comoventes da sua vida. "Meu irmão [Sotero] pediu pra mim vir na bicicleta dele e veio no caminhão. Ele salvou a minha vida. Minha mãe veio de carona em outro carro e o outro irmão retornou de ônibus. Nós sobrevivemos e eles se foram", relata. Somente dessa família foram seis vítimas fatais.

Os paus de arara continuam com forte presença no nordeste

Embora 31 anos já tenham se passado desde a tragédia e o transporte no nordeste tenha melhorado muito, o "pau de arara" ainda é muito usado na região.

Fonte: Portal Gritador e O Dia

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Bentley, o bebê que nasceu com o cérebro fora do crânio e sobreviveu; Ele passou por cirurgia inédita

Bentley Yoder nasceu com o cérebro fora de seu crânio. Médicos disseram que ele não tinha chances, porém ele não só sobreviveu como está bem de saúde. Agora, após cerca de sete meses, Bentley passou por uma cirurgia para levar seu cérebro de volta para o crânio.

Bentley nasceu com o cérebro fora do crânio

Os pais de Bentley, Sierra e Dustin, ambos com 25 anos, descobriram que havia algo errado quando a mãe foi fazer um exame ultrassom de rotina de 22 semanas. Ainda no útero, ele foi diagnosticado com uma rara condição chamada encefalocele, na qual partes do cérebro “vazam” por brechas responsáveis desenvolvimento do crânio. Eles então foram informados que dificilmente o bebê sobreviveria após o nascimento, ou, se ele sobrevivesse, não teria um cérebro funcional, seria incompatível com a vida.

“Nós não tínhamos nenhuma esperança.” Os pais estavam relutantes em interromper a gravidez, pois queriam pelo menos ter uma chance de vê-lo vivo antes de dizer adeus.

Para a surpresa de todos, Bentley nasceu em 31 de outubro de 2015, chutando e chorando como todas as crianças. Após as primeiras 36 horas, Sierra e Dustin tiveram de levá-lo para casa com a única roupa que tinham comprado para o garoto. Com o passar das semanas e meses, Bentley continuou engatinhando. Seu único problema foi uma infecção nos pulmões.

Detalhe do cérebro de Bentley. Imagem por Boston Children’s Hospital

Apesar de partes críticas do cérebro estarem fora de sua cabeça, Bentley se desenvolveu normalmente. Continuou a crescer e chorava quando tinha fome. Os médicos estavam incrédulos e insistiram que o crescimento acima da cabeça era apenas “tecido danificado”, e “e não havia possibilidade de essa parte do cérebro estar funcionando”, no entanto, o comportamento e a trajetória de Bentley sugeriam o contrário.

Quando Bentley completou quatro meses, Sierra e Dustin o levaram para uma clínica em Cleveland onde um cirurgião concluiu que o garoto estava usando seu cérebro normalmente, mas os alertou que poderia não ser possível colocá-lo de volta no crânio.

Sierra e Dustin Yoder com Bentley antes da cirurgia. Imagem por Katherine C. Cohen/Boston Children’s Hospital

De lá, eles procuraram o doutor John Meara, do Hospital Infantil de Boston, cuja equipe cirúrgica já teve experiência com encefalocele. Após analisarem Bentley, os cirurgiões perceberam que as partes de seu cérebro localizadas na parte externa não poderiam ser removidas, pois elas são responsáveis pelas funções cognitivas, como funções motoras, visão e de resolução de problemas. O cérebro precisava entrar dentro da cabeça. Então, eles pensaram em um plano.

Bentley Yoder antes da operação de reconstrução. Imagem por Katherine C. Cohen/Boston Children’s Hospital

Usando modelos feitos em impressora 3D, os cirurgiões planejaram e praticaram o procedimento. Bentley tinha 100 centímetros cúbicos de cérebro fora do crânio, então os cirurgiões tiveram de expandir seu crânio para acomodar. Antes da cirurgia, Meara conseguiu trabalhar em um modelo plástico da cabeça. Ele conseguiu fatiar e enviou o material de volta a um laboratório para avaliar quanto de matéria cerebral a sua equipe conseguiria encaixar dentro do crânio.

Antes da operação, os médicos praticaram os procedimentos para a cirurgia usando modelos feitos em impressoras 3D. Imagem por Katherine C. Cohen/Boston Children’s Hospital

A cirurgia começou em 24 de maio. A data foi cuidadosamente escolhida, pois o cérebro de Bentley já estava resistente o suficiente para aguentar a cirurgia; se o procedimento fosse feito em outra data, a encefalocele poderia sofrer uma ruptura. Os cirurgiões fizeram uma série de cortes no crânio e delicadamente colocaram o cérebro dentro da cabeça. Os pedaços restantes de osso foram usados para fechar o buraco. O processo todo levou cerca de seis horas. A cirurgia foi um sucesso, embora Bentley teve de retornar ao hospital para uma série de análises e para colocar uma espécie de desvio para drenar o excesso de fluído de seu cérebro.

Bentley após a operação. Sua mãe diz que ele consegue manter o peso de sua própria cabeça e que o garoto tem comido, sorrido e balbuciando.

Quase um mês após a cirurgia, Bentley parece estar bem, mas ninguém sabe o que pode acontecer no futuro. É provável que sua visão seja prejudicada, mas ainda não está claro até que ponto. Ele vai começar a fazer fisioterapia no próximo mês. “Como o cérebro dele é diferente, nós não conseguimos comparar ele com outros”, disse Sierra ao Washington Post. “Nós só temos que cuidar dele passo a passo.”

Fonte: GizModo

sábado, 18 de junho de 2016

666: desvendando o significado do 'número da besta'

Dragões, cavalos com cabeça de leão e cordeiros com sete olhos. Essas são algumas das visões do Apocalipse --uma palavra que vem do grego antigo "revelação" e é descrita no último, mais estranho e mais controverso livro da Bíblia cristã.

666, o número da besta, mas quem será ela?

O "livro da revelação" consiste em uma série de visões que seriam uma profecia do fim dos tempos. Foi usado ao longo da história para explicar desastres que vão da peste ao aquecimento global, passando pelo acidente nuclear de Chernobyl.

Algumas figuras e palavras conhecidas, como por exemplo Armagedon, também vêm do Apocalipse, embora nem todos saibam disso. E o livro tem diversas influências em livros, cinema e música até hoje.

A besta surgirá no fim dos tempos

Mas, quando João escreveu o livro, no século 1, ele não estava apenas querendo explicar acontecimentos futuros.

Alguns acadêmicos acreditam que ele usava códigos e símbolos para alertar os cristãos da época sobre a adoração ao imperador de Roma e lançar um ataque ao poderoso regime.

O "número da besta" --666-- é, talvez, a referência mais famosa do Apocalipse. O trecho que o cita diz: "Quem tiver discernimento, calcule o número da besta, pois é número de homem, e seu número é 666".

Até hoje, 666 é usado para falar sobre a imagem do mal. Mas qual seria o significado por trás dele?

Era comum, na Antiguidade, usar números para disfarçar um nome. Nos alfabetos grego e hebraico, toda letra tem um número correspondente. Então, se você somasse todas as letras do seu nome, você tinha um código numérico.

O professor Ian Boxall, da CUA (Catholic University of America), dá um exemplo com Anna.

"A" vale 1 e "N" vale 50. Anna, então, seria 102.

Se você escrever o nome do imperador Nero Cesar no alfabeto hebraico, a equação fica: 200+60+100+50+6+200+50=666.

666, o número da besta seria a soma dos valores
 das letras do nome de Nero Cesar no alfabeto hebraico

Historiadores acreditam que a perseguição de Nero a cristãos em Roma fez com que ele fosse uma figura odiada pelos primeiros cristãos.

Mas quem seria a besta atualmente?

Já se passaram 2000 anos desde que João escreveu o livro Apocalipse no qual revelou o úmero da besta, que  em sua época seria o imperador romano Nero. Mas  e nos tempos atuais quem seria "a besta" do fim dos tempos?

O Papa Francisco, para os evangélicos, é a besta

Pelo menos para os evangélicos, protestantes, a  besta atualmente seria o Papa Francisco, isso por seu carisma que conquistou a admiração até mesmo daqueles que não  são católicos, o que indicaria que ele é a besta escondida sobre a imagem de um homem de grande admiração com poder para conquistar a todos se tornando um novo Deus.

Fonte:(Texto adaptado da  BBC)

terça-feira, 7 de junho de 2016

A arte macabra de fotografar mortos

Fotografar parentes e amigos depois de mortos pode parecer algo mórbido nos dias de hoje, mas fotografar e ser fotografado com os mortos era uma tradição — muito sinistra, diga-se de passagem! — da Era Vitoriana(1837-1901). O costume surgiu com o advento da fotografia, uma novidade que permitiu que as pessoas da época encontrassem uma forma de imortalizar e ter uma recordação de seus entes queridos, era uma maneira de homenageá-los e de tentar arrefecer a dor da perda.

A captação fotográfica de exposição longa fazia com que os mortos parecessem mais nítidos que os vivos
 exatamente por causa da ausência de movimento;

Em fotos que são ao mesmo tempo duras e perturbadoras, famílias posam com seus mortos, crianças parecem estar apenas adormecidas e jovens aparecem reclinadas. A morte lhes tomava a vida, mas também aumentava sua beleza --em meados do século 19, a palidez e a magreza causadas pela tuberculose eram vistas como atrativos em mulheres.

Qual delas estará morta? Eu arrisco a dizer que a que está em pé, e você o que acha?

A vida vitoriana estava cercada pela morte. Epidemias de difteria, tifo e cólera assolavam a Inglaterra, e o luto permanente assumido pela rainha Vitória em 1861 após a morte do marido, o príncipe Albert, fizeram das comiserações algo em voga.

A jovem em pé está morta

Os retratos eram um luxo pelo qual a maioria da população não podia pagar com frequência, portanto, alguns deles se tornaram os únicos registros de reuniões familiares ou até a única fotografia existente da pessoa recém-falecida. Devido ao alto índice de mortalidade infantil da época, muitos desses retratos trazem crianças e bebês, mas não faltam imagens de adultos e idosos.

Na Era Vitoriana, era comum que famílias tivessem muitos filhos e que muitos morressem antes dos cinco anos; nesta foto, a criança à esquerda está morta e foi colocada de pé para o registro

No início, a fotografia post mortem retratava as pessoas deitadas — muitas vezes em seus caixões —, mas logo os fotógrafos foram se tornando mais criativos e passaram a clicar os defuntos em poses que simulavam situações cotidianas. Para isso, eram utilizadas estruturas de suporte e artimanhas mirabolantes para manter os corpos em determinadas posições ou com os olhos abertos, por exemplo, como você pode ver na imagem logo abaixo.


Dois fatores, porém, logo iriam condenar a prática à extinção.

Primeiro, a qualidade dos serviços de saúde britânicos melhorou e aumentou a expectativa de vida da população, em especial a infantil. E o surgimento da fotografia instantânea permitiu que pessoas tirassem fotos uma das outras em vida, o que basicamente derrubou a demanda pelos "retratos da morte".

Hoje, eles são apenas um lembrete de nossa mortalidade.

Fonte: MegaCurioso e Uol Notícias

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Conheça "o golpe da loira russa"
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